MARMELO- (Cydonia oblonga Mill.)
Remédios Naturais e Plantas Medicinais

MARMELO- (Cydonia oblonga Mill.)



Quase chorei quando vi na gôndula do mercado esta fruta maravilhosa, tão pouco conhecida e que não via desde menina. Para ser franca, nunca havia visto tão grandes e cheirosas. Lembra uma pêra, não é mesmo? Mas não é a toa, ele é da mesma família das pereiras e antigamente seus galhos eram usados como arma de educar crianças (eu acho o cúmulo da premeditação, cortar uma vara de marmelo e guardar para bater em menino arteiro), eu por meu lado, nunca levei uma varada destas (não por que não merecesse, mas por que meus pais nunca foram destas coisas). Confira uma receitinha especial de compota de marmelo lá no RECEITAS DA DONA CIDA. Aqui vão algumas informações técnicas sobre o marmelo e seu cultivo.

Cultivo do marmelo tem origem na antiga Pérsia


Marmeleiro (Cydonia oblonga Mill.) é uma árvore de muitos galhos, folhas duras e cor verde-escura. As flores são grandes e brancas ou rosadas e é originário da região dos mares Cáspio e Negro, na Ásia. Começou a ser cultivado provavelmente na antiga Pérsia (atual Irã), de onde se espalhou pelo Mediterrâneo.

Acredita-se que os primeiros marmeleiros plantados no Brasil foram trazidos por Martim Afonso de Souza em 1532 e se habituaram muito bem ao clima, principalmente na Serra da Mantiqueira, onde se tornou uma cultura subespontânea.

Chegou a ser uma cultura de grande importância, principalmente na década de 1930, quando a marmelada era o doce industrializado mais consumido no País. O fruto tem cor dourada, formato arredondado. É ácido (mesmo depois de cozido), de perfume forte e polpa dura.

VITAMINAS - O marmelo cru é uma boa fonte de vitamina C, mas, durante o cozimento, perde-se grande parte dessa vitamina. Também contém vitaminas do complexo B e alguns sais minerais.

Além disso, auxilia no bom funcionamento do aparelho digestivo.

Ao comprar, escolha frutos maiores, mais pesados e de formato regular, sem sinais de picadas de insetos ou manchas esverdeadas. O marmelo maduro se conserva muito bem fora da geladeira durante uma semana.

Os estados que produzem o marmelo são Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Bahia, São Paulo e Espírito Santo. Só Minas tem plantações comercialmente importantes, em Delfim Moreira e Marmelópolis, e mesmo estas estão em decadência.

Apesar da procura por indústrias de doces, que importam a maior parte do marmelo que precisam da Argentina e do Uruguai, a cultura do marmeleiro não tem apresentado atrativos, pois, além da demora para produzir e de dar um rendimento menor que o de outras culturas de clima temperado, ele não é conhecido no País.

PLANTIO - Segundo informações publicadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), mudas de marmelo devem ter dois anos, no máximo três, e a poda de formação já iniciada na época de plantio, quando a planta se acha no fim do estado de dormência, por volta de julho a agosto. Isso no caso de transplante de raiz nua. Mudas de torrão podem ser plantadas fora desse período.

O espaçamento é de 4 x 4 m (média: 625 marmeleiros/ha). Para plantio de variedades mais produtivas, em solos férteis, pode ser ampliado para 5 x 4 m, 5 x 5 m, ou 6 x 4 m. Em terras fracas ou pequenas áreas, o espaçamento vai para 4 x 3 m ou 3 x 3 m .

O plantio costuma ser feito em camalhões (porção de terra de lavoura entre dois regos) das curvas de nível e, por isso, dispensa-se o coveamento.

Só é feito um buraco do tamanho suficiente para caber a muda. O plantio deve ser feito em dia encoberto ou chuvoso. As mudas precisam ser levadas ao local do plantio envolvidas por sacos de estopa úmidos.

Se não estiver chovendo, rega-se a cova após plantio. A multiplicação do marmeleiro é feita por estacas ou fiO marmelo maduro é muito apreciado pelas crianças da comunidade lhotes enraizados.


Caracteristica do Marmelo



A CULTURA DO MARMELO (Cydonia oblonga Mill.)

Frutífera da família Rosaceae, tendo como centro de origem o Oriente Médio, de aptidão climática temperada e bastante exigente em tratos culturais, mormente os fitossanitários. Adapta-se melhor aos solos orgânicos, e sua exploração exige um combate rígido à entomosporiose, doença que limita seu cultivo racional.
O plantio é feito por estacas enraizadas dos cultivares eleitos para exploração, que são exigentes de interpolinização. Os frutos raramente são consumidos in natura, mas industrializados, para a produção de marmelada. O marmelo pode ser ainda utilizado em geléias, sopas, licores, xaropes e em finos pratos salgados. Sua pectina também pode ser empregada em farmácia e perfumaria. Apesar do ponto de estagnação em que se encontra, a cultura do marmeleiro antecedeu em importância econômica à do café, constituindo o primeiro produto de exportação paulista, ainda nos tempos coloniais. Nos últimos vinte anos tem-se dado bastante atenção ao marmeleiro, como porta-enxerto de pereiras e nespereiras, visando ao ananismo das plantas dessas frutíferas.

Cultivares: Portugal, Smyrna, Mendoza INTA-37 e Provence.

Épocas de plantio: mudas de raízes nuas (transplante) em junho e julho, e envasadas no período das águas.

Espaçamento: 5 x 3m (básico) ou 5 x 2m (condução com poda drástica).

Mudas necessárias: 667 ou 1.000/ha.

Controle da erosão: plantio em nível ou cortando as águas; em patamares ou banquetas nos terrenos mais declivosos; capinas ou roçadeira em ruas alternadas, na época das chuvas.

Calagem: de acordo com a análise de solo, aplicar o calcário para elevar a saturação por bases a 70%. Aplicar o corretivo por todo o terreno, antes do plantio, ou mesmo durante a exploração do pomar, anualmente, incorporando-o por meio de aração e/ou gradagem.

Adubação de plantio: aplicar, por cova, 2kg de esterco de galinha ou 10kg de esterco de curral, bem curtido, 1kg de calcário magnesiano, 160g de P2O5 e 60g de K2O, pelo menos 30 dias antes do plantio. Em cobertura, a partir da brotação das mudas, ao redor da planta, aplicar 60g de N, em quatro parcelas de 15g, de dois em dois meses.

Adubação de formação: no pomar, sob espaçamento básico, de acordo com a análise de solo e por ano de idade, aplicar 20 a 60g/planta de cada um dos nutrientes: N, P2O5 e K2O; aplicar o N em quatro parcelas, de dois em dois meses, a partir da brotação.

Adubação de produção: no pomar adulto, sob espaçamento básico, a partir do 6º ano, conforme a análise de solo e a meta de produtividade (8 a 12 t/ha), aplicar anualmente 3 t/ha de esterco de galinha, ou 15 t/ha de esterco de curral, bem curtido, 70 a 140 kg/ha de N, 20 a 100 kg/ha de P2O5 e 20 a 120 kg/ha de K2O. Após a colheita, distribuir o esterco, fósforo e potássio, na dosagem anual, em coroa larga, acompanhando a projeção da copa no solo, e, em seguida misturá-los com a terra da superfície. Dividir o nitrogênio em quatro parcelas e aplicá-las em cobertura, de dois em dois meses, a partir do início da brotação.

Observação: Para plantios adensados, aplicar os adubos, no pomar em formação e no adulto, de modo similar aos plantios básicos, reduzindo as dosagens proporcionalmente à área ocupada por planta.

Irrigação: aconselhável nas estiagens da primavera, por sulcos ou bacias, ou sua substituição parcial pela utilização de cobertura morta.

Outros tratos culturais: capinas, desbrotas, podas de formação, de limpeza e/ou de encurtamento para frutificação, na condução sob poda drástica.

Controle de pragas e doenças: no inverno – calda sulfocálcica concetrada; na vegetação – fungicidas, tendo por base oxicloreto de cobre ou oxicloreto de cobre + mancozeb, para proteção contra a entomosporiose; inseticidas fenthion, trichorfon, formothion, phosmet ou parathion methyl, visando ao controle de mosca-da-fruta, mariposa oriental e pulgão.

Colheita: fevereiro a março. Safras comerciais a partir do 3º ano da instalação do pomar. Ponto de colheita: frutos de vez a maduros, ainda firmes, de coloração amarelada.

Produtividade normal: 8 a 18 t/ha de frutos em pomares adultos, racionalmente conduzidos, e conforme o espaçamento.

Fonte de pesquisa: http://www.seagri.ba.gov.br

http://www.todafruta.com.br



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