Conhecida a mais de 5000 anos, no Oriente, a soja, nas últimas décadas, tornou-se um produto bastante conhecido sendo o seu consumo incentivado
Ela e alguns de seus derivados tornaram-se conhecidos como "alimentos completos".Deve-se saber, no entanto, que nenhum alimento por si só pode ser considerado completo pois, não possui a variedade de nutrientes de que necessitamos diariamente.
A soja é uma planta pertencente à família das leguminosas, ou seja, do feijão, lentilha, grão de bico, ervilha e, destaca-se por ser rica em proteínas, lipídeos (gordura), fibras e algumas vitaminas e minerais.
Contém, também, uma classe de fito-hormônios (hormônio de origem vegetal) conhecidos como isoflavonas ou isoflavonóides.
Estudos indicam que tais substâncias atuam como um elemento anti-oxidante reduzindo as taxas do colesterol ruim (LDL) no sangue e, conseqüentemente, diminuindo o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, além de exercem também atividade hormonal equilibrando a quantidade do hormônio estrógeno no organismo feminino podendo amenizar, dessa forma, os sintomas da menopausa.
Apesar desses possíveis benefícios (que ainda estão em estudo), não podemos esquecer que a concentração dos isoflavonóides na soja depende da variedade da planta, das condições climáticas (seu teor é mais elevado na soja cultivada em regiões frias) e do metabolismo de cada indivíduo.
O fato de ser industrializada também influencia, visto que, conforme o tipo de processamento do produto pode haver uma perda maior ou menor do fito-hormônio. Outros alimentos como cereais (especialmente o trigo integral e a cevada), feijões, semente de linhaça, alho, brócolis, repolho e frutas cítricas também contém o hormônio vegetal, no entanto, em quantidades inferiores à da soja.
Assim, pode-se concluir que a soja deve ser incluída na alimentação não somente pelas possíveis vantagens que ela pode nos trazer mas, principalmente, pelo fato de ser mais uma opção de alimento rico em diversos nutrientes e que contribuirá para a diversificação da alimentação diária contribuindo, do ponto de vista nutricional, para a saúde.
Conheça na lista abaixo os principais derivados da soja:
- Óleo de Soja: é um dos tipos de óleo mais consumido no mundo.
- Farelo de Soja (resíduo proveniente da extração do óleo): pode ser utilizado como alimento para animais, visto que contém de 40 a 55 % de proteína.
- Farinha de Soja: pode ser usada na indústria alimentícia para enriquecer pão, biscoito, macarrão, produtos infantis, misturas para sopas.
- Concentrado e isolados protéicos de soja: são mais caros que a farinha e sua aplicação restringe-se aos produtos ela não pode ser empregada.
- Proteína texturizada de soja (PTS): pode ser obtida por "extrusão" e por "fiação". No primeiro caso, a PTS apresenta teores mais baixos de proteínas sendo utilizadas no preparo de hambúrgueres, bolinhos de carne e outros produtos cárneos. No segundo tipo, ela apresenta elevado teor de proteína e é utilizada na fabricação de produtos semelhantes à carne (bife), presunto, entre outros, devido à sua estrutura fibrosa mais definida.
- Extrato protéico de soja (leite de soja): é um alimento que possui a aparência muito semelhante ao leite de vaca. Pode ser encontrado na forma líquida ou em pó. Em geral, são aromatizados.
- Queijo de soja (tofu): elaborado a partir do leite de soja apresenta cerca de 135 calorias em 100 g e cerca de 12,5 g de proteína.
- Missô (pasta de soja) e shoyu (molho de soja): basicamente são usados como temperos na culinária oriental
- Soja torrada: possui a aparência de um amendoim torrado e pode ser consumida como tal.
Coluna assinada por:
Milena Lima
Nutricionista-chefe de Cyber Diet.