Mentruz (Erva de Sta Maria) Uso medicinal
Remédios Naturais e Plantas Medicinais

Mentruz (Erva de Sta Maria) Uso medicinal





MENTRUZ  MASTRUÇO ( erva de santa Maria)

Coronopus didymus

Descrição: da família das Brassicaceae. Também conhecida como erva-de-santa-maria, erva-vomiqueira, erva-formigueira, mentruz-rasteiro, mastruz-miúdo, mastruço dos índios. Erva anual, com caule ramificado e caído. As folhas são inteiramente divididas, formando segmentos. AS flores são muito pequenas e de cor esbranquiçada. O fruto é pequeno, apresentando 2 sementes que se separam. Reproduz-se por sementes e floresce e frutifica na estação fria. Cresce espontaneamente em terrenos d e cultura e nos arredores das habitações. É um vegetal muito atuante e aromático. A planta toda, quando amassada, exala um odor semelhante ao do agrião, devido ao óleo essencial, que contêm uma substância sulfurada, e um princípio antibiótico, antiviral, antifúngico, antibacteriano e anti tumor.

Origem: América e foi introduzido na Europa, pelos colonizadores. Cresce espontaneamente em todo o Brasil.

Modo de conservar: As folhas, flores e sementes, após serem bem lavadas em água corrente e enxutas, devem ser secas à sombra, em local ventilado. Armazenar em sacos de papel ou vidros escuros, com renovação anual.

Propriedades medicinais: antibiótica, colerética, digestivo, expectorante, tônico pulmonar,

Indicações: ácido úrico, anemia, bronquite, contusão, dor muscular, escorbuto, escrofulose, gota, infecção respiratória, raquitismo, vermes (solitária).

Dores musculares; reumatismo; contusões; traumatismos; feridas; úlceras externas; bronquites: em um pilão, coloque 3 colheres de sopa de folhas, flores e sementes frescas e adicione u pouco de água. Amasse, até adquirir a consistência de uma pasta. Aplique no local afetado, com um pano ou gaze por 2 horas. No caso de bronquites, aplique a pasta no peito ou nas costas.

Expectorante das vias respiratórias, peitoral, catarro pulmonar, catarro dos brônquios e fluidificante do muco: em 1 xícara de café, coloque 1 colher de sopa de folhas, flores e sementes picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos, coe e adicione 2 xícaras de café de açúcar cristal. Leve ao fog até dissolver o açúcar. Tome 1 colher de sopa, 3 vezes ao dia. Para crianças dar somente metade da dose.

Digestivo; estimulante das funções hepáticas; anemias; diabetes; afecções pulmonares: em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sopa de folhas, flores e sementes picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá, 2 vezes ao dia, antes das principais refeições.

Dores musculares; reumatismo; contusões; traumatismos; digestivo: em um pilão, coloque 2 colheres de sopa de folhas, flores e sementes picadas e adicione 1 xícara de chá de álcool de cereais a 70%. Amasse e deixe em maceração por 3 dias. em seguida, coe e armazene em vidro escuro. Tome 15 gotas ou 1 colher de café, diluído em um pouco d e água, antes das principais refeições. Aplique, também'' nos locais afetados, com um chumaço de algodão.

Contra-indicações/cuidados: não encontrados na literatura consultada. Porém nenhuma planta deve ser consumida em excesso e nenhum tratamento deve ser feito sem orientação médica.

Referência : A Cura pelas Ervas e Plantas Medicinais Brasileiras - Ricardo Lainetti e Nei R. Seabra de Britto - Editora Ediouro. 1979.
 


Devido algumas dúvidas  aqui postadas em comentários, posto aqui  as informações:


Coronopus didymus - Mentruz

Nomes populares
Mentruz, erva-de-santa-maria, erva-formigueira, erva-vomiqueira, mastruço, mastruço-dos-índios, mastruz, mastruz-miúdo, mentruz-rasteiro, mentrusto, menstruço, mestruço, mestruz

Nome científico

Coronopus didymus (L.) Sm.

Basionônio

Sinônimos

Coronopus didymus var. macrocarpus Muschl.

Lepidium didymum L.

Senebiera didyma (L.) Pers.

Senebiera incisa Willd.

Senebiera pectinata DC.

Senebiera pinnatifida DC.

Família

Brassicaceae

Tipo

Nativa, não endêmica do Brasil.

Descrição

Planta herbácea anual, prostrada, de caule ramificado horizontalmente a partir do colo, crescendo cerca de 40 a 50cm de comprimento. As folhas são alternas, verde intensas, glabras, pinatissectas, com 3 a 7 pares de segmentos laterais e um terminal, sendo que cada segmento se desdobra em 2 a 5 lobos. As folhas basais são curto pecioladas e as terminais sésseis. Inflorescência em racemos cilíndricos, reunindo flores muito pequenas, cuja corola é formada por 4 pétalas hialinas. O fruto é uma síliqua indeiscente, composta de duas valvas. As sementes são oblongo-reniformes, unisulcada, castanho-amarelada (PLANTAS MEDICINAIS, 2001).

Característica

Floração / frutificação

Dispersão

Hábitat

Planta heliófita, ruderal, ocorrendo também nas Formações Campestres. Ocorre no Cerrado e na Mata Atlântica. É originária de regiões temperadas quentes, mas adapta-se bem às subtropicais.

Distribuição geográfica

Nordeste (Bahia), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) (SOUZA, 2010).

Etimologia

Propriedades

Fitoquímica

Como alimento, possui altos valores de proteína, fósforo, potássio e zinco, tendo valores superiores ao das hortaliças comumente consumidas. Possui também óleos essenciais com composto sulfurado que age como antibiótico natural.

Fitoterapia

Na medicina popular é utilizada em infusão como excitante, fortificante, peitoral, diurética, vermicida, expectorante, digestiva, amarga, aromática, estimulante, anti-hidrópica, antiescorbútica, antituberculosa e contra escrófulos. Também é aplicada em dores nas juntas, gripes, catarros, resfriados, bronquite, tosse, raquitismo, machucaduras, ferimentos, problemas nos pulmões, reumatismo, flores brancas, infecções, hematomas, hemorróidas, febres palustres e intermitentes, alergias, problemas no estômago e picadas de insetos. É muito comum o consumo da planta na forma de garrafadas.

Fitoeconomia

Pode ser utilizada na alimentação humana, na forma de saladas, porém, como seu gosto é acre, é mais utilizada como aromatizante de bebidas alcoólicas.

Injúria

Planta daninha muito comum no inverno, onde infesta hortas, jardins, pastagens e terrenos baldios. Quando consumida pelo gado leiteiro, transmite ao leite o sabor da planta.

Comentários

Bibliografia

Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -

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KINUPP, V. F.; BARROS, I. B. I. Teores de Proteína e Minerais de Espécies Nativas, Potenciais Hortaliças e Frutas. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(4): 846-857, out.-dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n4/a13v28n4.pdf>.

LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.

MENTZ, L. A.; LUTZEMBERGER, L. C.; SCHENKEL, E. P. Da Flora Medicinal do Rio Grande do Sul: Notas Sobre a Obra de D’ÁVILA (1910). Caderno de Farmácia, v. 13, n. 1, p.25-48, 1997. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/farmacia/cadfar/v13n1/pdf/CdF_v13_n1_p25_48_1997.pdf>.

PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.

PLANTAS MEDICINAIS; CD-ROM, versão 1.0; PROMED – Projeto de Plantas Medicinais; EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A.; Coordenação: Antônio Amaury Silva Junior; Itajaí, Santa Catarina. 2001.

SOUZA, V.C. 2010. Brassicaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB117492).

STURTEVANT, E. L. Edible Plants of The World. Edited by U. P. HEDRICK. The Southwest School of Botanical Medicine. 775p. Disponível em: <http://www.swsbm.com/Ephemera/Sturtevants_Edible_Plants.pdf>.

VENDRUSCOLO, G. S.; SIMÕES, C. M. O.; MENTZ, L. A. Etnobotânica no Rio Grande do Sul: Análise Comparativa Entre o Conhecimento Original e Atual Sobre as Plantas Medicinais Nativas. Pesquisas, Botânica nº 56: 285-322, São Leopoldo: In: Instituto Anchietano de Pesquisas, 2005. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica56/botanica56.htm>.





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