O
limoeiro é originário das regiões úmidas a leste da cordilheira do Himalaia, ao norte da Birmânia e ao nordeste da Índia.
Nos velhos tempos, discípulos brindavam seus mestres com limões recheados de moedas de ouro ou de prata.
Na China, os antigos rendiam culto ao limão, e Wu Lai, poeta do século XIII, chegou a dedicar-lhe uma canção, a “Canção da limonada quente”, elogiando-lhe os efeitos.
Na festa da expiação e dos tabernáculos, os judeus levavam consigo, para o templo, um
limão, como símbolo de fé e absoluta confiança na misericórdia de Deus.
Os habitantes da Pérsia, povos de raça cita, usavam sementes de limão para aromatizar alimentos e perfumar a boca.
Aristófanes, o mais famoso dos poetas cômicos da Grécia, que viveu na segunda metade do século V a. C., narra que, com as folhas do limoeiro, se faziam coroas para as cabeças dos deuses.
Vergílio (70-19 a.C.), notável poeta latino da época de Augusto, diz que o limão é antídoto dos venenos, remédio contra a asma dos velhos, e um meio para perfumar o hálito.
Nalguma parte lemos que,nos tempos de Cleópatra (68-31 a.C.), rainha do Egito, um escravo havia sido condenado à morte por envenenamento, e se salvou dos efeitos do veneno por ter, momentos antes, chupado um limão.
Plínio, o velho (23-79 A.D.), famoso historiador e naturalista romano, afirma que o limão tem efeito mágico para neutralizar os venenos e poder para curar muitas enfermidades. Chama-o de “maçã da Assíria”.
Isso mostra quanto os romanos já sabiam das propriedades medicinais do limão.
Os Árabes, no séculos VII a IX, propagaram a cultura do limoeiro no Oriente Próximo, e, no século XII, já empregavam o limão na Espanha, como agente medicinal no combate a diversas enfermidades contagiosas.
Na Sicília, ao sul da Itália, a cultura do limoeiro teve seu inicio no ano de 1002; na costa da Ligúria, em 1369; no Vale da Riviera, em 1486.
Na Alemanha, o limoeiro começou a ser cultivado, como planta ornamental, no século XV.
Em 1543, Mesue, médico árabe, incluiu, no seu “Antidotarium”, o xarope de limão.
Em 1553, em Veneza, e, em 1602, em Paris, foi publicada uma obra que recomendava o uso do limão contra o fétido ar dos hospitais, contra as enfermidades agudas, contra o escorbuto, etc., e contra os venenos de efeito lento.
No século XVI, as moças elegantes carregavam, nas suas bolsas, um limão,em que, de quando em quando, davam uma mordida para alvejar os dentes e carminizar os lábios, e, talvez, ainda, para desinfetar a boca.
Naquela época era costume oferecer um limão a cada visitante. Era um voto de boa saúde.
No presente século, o limão graças as suas propriedades terapêuticas e conteúdo vitamínico, está tendo uso crescente no terreno da medicina, por recomendação de muitos facultativos.
As curas maravilhosas do limão e da laranja
A. Balbach – Editora M.V.P – São Paulo
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