Oliveira | ||||||||||||||
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Olea europaea | ||||||||||||||
Classificação científica | ||||||||||||||
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Olea europea Lineu |
A oliveira é conhecida cientificamente como Olea europaea L., família Oleaceae. São árvores baixas de tronco retorcido nativas da parte oriental do Mar Mediterrâneo. De seus frutos, as azeitonas, os homens no final do período neolítico aprenderam a extrair o azeite. Este óleo era empregado como unguento, combustível ou na alimentação, e por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos.
A civilização minoana, que floresceu na Ilha de Creta até 1500 a.C., prosperou com o comércio do azeite de oliva, que eles primeiro aprenderam a cultivar. Já os gregos, que possivelmente herdaram as técnicas de cultivo da oliveira dos Minóicos, associavam a árvore à força e à vida. A oliveira é também citada na Bíblia em vários passagens, tanto a árvore como seus produtos.
Há de se fazer nota ainda sobre a longevidade das oliveiras. Estima-se que algumas das oliveiras presentes na Palestina (ou para alguns Israel) nos dias atuais devam ter mais de 2500 anos de idade.
Raiz
As raízes poderosas e compridas da Oliveira podem chegar a uma profundidade de 6 metros, através do qual têm sempre a possibilidade de obter água para o seu desenvolvimento.
Tronco
A madeira de crescimento lento da árvore é rica, com anéis cinzento-esverdeados e curtos. A árvore (dependendo da variedade) chega aos 20 metros de altura. As árvores selvagens são mais baixas que as plantadas. As oliveiras em olivais são podadas para se manterem pequenas de forma a que a colheita das azeitonas seja facilitada. A oliveira necessita de muito tempo para crescer mas, no entanto, pode viver muitas centenas de anos. O exemplar mais antigo que se conhece, em Trevi, Itália, tem 1700 anos, tal como um exemplar em Getsemani, em Israel. A oliveira mais antiga da Europa considera-se que seja uma com cerca de 2000 anos perto da localidade montenegrina de Bar.
A oliveira é uma planta de folha perene, o que significa que nunca perde totalmente a sua folha; em vez disso, as folhas mais velhas vão caindo ao longo do ano. As folhas pequenas, simples e luzidias são verde acinzentadas na frente e de um cinzento prateado e brilhante por trás. Estas são estreitas, pontiagudas e simples. Na parte de trás têm pequenos pelos, que protegem a árvore da desidratação recapturando a água e conduzindo-a de novo para a folha.
Dependendo da área em que se encontram, as oliveiras florescem entre o fim de Abril e o princípio de Junho em cada inflorescência encontram-se entre 10 e 40 flores.
As flores brancas ou amarelas são hermafroditas, mas podem no entanto ser funcionalmente monosexuadas. A flor compõe-se de 4 sépalas e 3 pétalas crescidas.
Sendo sujeita a falta de água ou de nutrientes cerca de 6 semanas antes da flôr, a colheita é reduzida uma vez que o número de flores é reduzido e estas não produzirão fruto. A maioria das espécies polenizam-se a si próprias, apesar de a polenização à distância produzir rendimentos maiores. Outros tipos exigem a polenização à distância e necessitam do pólen de um exemplar diferente. As flores são polenizadas pelo vento.
A partir da flor forma-se depois da polinização o fruto: a azeitona. É um fruto com caroço, tendo um caroço revestido de polpa mole. A cor da azeitona antes de estar madura é o verde e depois de estar madura torna-se preta ou violeta-acastanhada. A árvore atinge o ponto de produção óptimo com cerca de 20 anos. A composição média de uma azeitona é água (50%), azeite (22%), açúcar (19%), celulose (5,8%) e proteínas (1,6%).
A oliveira brava (zambujeiro) existe numa área geograficamente disjunta; tem uma ocurrência natural vasta em zonas não conectadas entre si:área mediterrânea, médio oriente e África do sul. Daí é também bastante diversa a área das actuais variedades culturais.
A oliveira é um elemento importante da vegetação mediterrânea e da agricultura desta região. A oliveira prospera no clima mediterrânico, com temperaturas médias anuais entre os 15 e os 20º centígrados entre 500 e 700 milímetros de precipitação, sendo necessários, no mínimo, 200 milímetros.
A espécie Olea europeaea divide-se em diversas sub-espécies:
Olea europaea sub-esp. europaea: A origem das oliveiras genuínas é toda a área mediterrânica e as Canárias. Desta variedade foram criadas todas as outras. A partir desta variedade é escrito o resto do artigo.
Olea europaea sub-esp. africana é uma árvore com entre 9 e 12 metros de altura que está espalhada pela África, Madagascar, Arábia, Índia e até China. Os frutos, de doces a amargos, são apreciados por pessoas e animais. Pode fazer-se chá das folhas e dos frutos faz-se um pigmento. A madeira dura e castanho-dourada é usada para fazer mobílias e objectos de arte. Os produtos desta espécie são também utlizados como mezinha para as doenças renais. O seu cultivo é posível mesmo em áreas muito secas.
Olea europaea sub-esp. cerasiformis: originária da Madeira, ocorrendo também nas Canárias.
Olea europaea subsp. cuspidata: difundida pela África e pela Ásia. Catacteriza-se por ter frutos pequenos e o verso da folha castanho-alaranjado.
Olea europaea subsp. guanchica: originária das Canárias.
Olea europaea subsp. laperrinei: originária da Argélia, do Sudão e do Niger.
Olea europaea subsp. maroccana: originária de Marrocos.
Olea europaea subsp. sylvestris
Outras.