O caquizeiro (Diospyros kaki) pertence à família das Ebenáceas, é originário da Ásia, onde é cultivado há séculos, principalmente na China e no Japão. Daí se espalhou, estando presente em quase todas as regiões de clima temperado e subtropical do mundo.
No Brasil, o caquizeiro entrou pela primeira vez em São Paulo, por volta de 1890, mas a expansão da cultura só se deu a partir de 1920, com a chegada de fruticultores japoneses. Hoje, o caquizeiro é cultivado principalmente nas regiões Sudeste e Sul, sendo que no Estado de São Paulo, onde a cultura tem importância econômica, acham-se plantados perto de 1 milhão de pés.
O caquizeiro é planta de porte arbóreo e folhas caducas, que apresenta lento desenvolvimento inicial, mas é efetivamente perene, com longevidade de várias dezenas de anos.
No que diz respeito à frutificação, a maioria das variedades tem tendência para produção de frutos partenocárpicos, ou seja, frutificam mesmo que não haja polinização, do que resulta a formação de frutos sem sementes. O fruto é uma baga, que traz consigo, na base, o cálice persistente e bastante desenvolvido. A cor da casca varia de amarelo a vermelho e, a da polpa, que geralmente é amarelada, pode variar, em certos casos, em função da presença ou não de sementes. O fruto verde é rico em tanino e, o maduro, não apresenta acidez e é rico amido, açúcares notadamente glicose, sais minerais e vitaminas A e C.
As variedades de caqui, de acordo com as características de seus frutos, podem ser enquadradas em três diferentes tipos: taninoso, doce e variável. O tipo taninoso compreende as variedades de polpa sempre taninosa e de cor amarelada, quer os frutos apresentem ou não sementes. As variedades deste tipo indicadas para plantio são: Taubaté, Pomelo e Rubi.
O tipo doce abrange as variedades de polpa sempre não taninosa e de polpa amarelada, tenham os frutos sementes ou não. As variedades recomendadas deste tipo são: Fuyu, Jiro e Fuyuhana.
O tipo variável inclui as variedades de polpa taninosa e de cor amarelada, quando sem sementes e, não taninosa, parcial ou totalmente, quando apresentam uma ou mais sementes. Quando as sementes são numerosas, a polpa é de cor escura, enquanto que nos frutos com poucas sementes, a tonalidade escura aparece ao redor delas, originando o que popularmente é chamado de ’chocolate’. As principais variedades do tipo variável são: Rama Forte, Giombo e Kaoru.
O caquizeiro é planta bastante rústica e, em nossas condições, com poucos problemas fitossanitários. Das pragas, algumas causam prejuízos às plantas e outras aos frutos e, entre elas se destacam: moscas das frutas (Anastrepha spp e Ceratitis capitata), lagarta dos frutos (Hypocala andremona), tripes (Heliothrips haemorrhoidalis), cochonilha (Pseudococcus comstocki), besouro de Limeira (Sternocolaspis quatuordecimcostata), lepidobroca (Leptaegeria sp) e ácaro (Eriophyes diospyri).
Entre as doenças que afetam a cultura, merecem maior atenção: mancha das folhas (Cercospora kaki), antracnose (Colletotrichum gloeosporioides), galha da coroa (Agrobacterium tumefaciens) e podridão das raízes (Rosellinia sp). Tanto no caso da pragas, como no das doenças, o controle deve ser preventivo e feito com defensivos específicos, registrados para a cultura do caquizeiro.
O caquizeiro se desenvolve bem nos mais variados tipos de solos, desde que sejam dotados de boa capacidade de retenção de umidade. As condições mais propícias, no entanto, são encontradas nos solos areno-argilosos, profundos e bem drenados.
Trata-se de planta tipicamente subtropical, com ampla capacidade de adaptação às nossas condições ambientais. Embora seja uma espécie de folhas caducas, como são as fruteiras de clima temperado, sua área de cultivo costuma se estender pelas mesmas regiões de cultivo das plantas cítricas, exigindo precipitações anuais entre 1.000 e 1.500 mm.
A instalação do pomar deve ser feita com mudas enxertadas. Os porta-enxertos mais usados são os obtidos de sementes das próprias variedades comerciais (Diospyros kaki); eles apresentam sistema radicular pivotante, com poucas raízes secundárias e, em razão disso, se adaptam melhor aos terrenos profundos e bem drenados, não tolerando solos superficiais ou baixadas úmidas.
O processo mais comumente empregado para a enxertia da variedade escolhida, é o da garfagem de fenda cheia ou lateral, no topo de porta-enxertos com idade entre um e dois anos, e proporciona melhores resultados quando realizado durante os meses de julho e agosto.
O terreno onde vai ser instalado o pomar deverá estar limpo de mato ou restos de outras culturas. É recomendável submetê-lo a uma aração profunda, seguida de gradagem, antes da abertura das covas. A calagem, se necessária, deverá ser feita por ocasião do preparo do terreno, de modo que o corretivo seja incorporado ao solo quando da realização da aração e da gradagem.
O espaçamento de plantio varia, sobretudo, em função da variedade a ser cultivada. Para as dos tipos taninoso e variável, cujas plantas são vigorosas, os espaçamentos mais usados são de 8 x 7 m, 7 x 7 m e 7 x 6 m. No caso das variedades doces, que apresentam plantas menos vigorosas, com copas menos desenvolvidas, os espaçamentos mais usados são os de 7 x 6 m, 6 x 6 m e 6 x 5 m.
As covas deverão medir 60 x 60 x 60 cm. Resultados satisfatórios são obtidos com a seguinte adubação, por cova, feita pelo menos 30 dias antes do plantio das mudas: 20 kg de esterco de curral bem curtido, 1 kg de calcário magnesiano, 160 g de P2O5 e 60 g de K2O. Em cobertura, a partir do início da brotação das mudas, aplicar 60 g de N, em quatro parcelas de 15 g, de dois em dois meses.
A poda de formação tem por finalidade constituir o esqueleto básico da planta, capaz de suportar pesadas cargas. A muda é plantada de haste única e, no primeiro ano, deixa-se desenvolver 3 ou 4 pernadas, radialmente dispostas no tronco, distantes entre si de 10 a 15 cm, a partir de 50 cm do solo; todos os demais ramos são eliminados rente ao tronco. No inverno seguinte, um ano após o plantio, essas pernadas são encurtadas, a fim de permitir a emissão de ramificações vigorosas. Nos anos seguintes, prosseguem as podas de encurtamento e raleio de ramos, até que se consiga formar a copa da planta.
A poda de inverno, de encurtamento de ramos deve ser evitada nas plantas adultas, uma vez que a frutificação ocorre sempre nos ramos do ano e, os melhores frutos se originam na brotação das gemas terminais dos ramos do ano anterior. Na realidade, o que se pratica é uma poda de limpeza, onde são eliminados os ramos supérfluos, mal situados, doentes e secos. Desbrotas periódicas devem ser realizadas, pelo menos duas durante o ano, ocasião em que são eliminados os brotos em excesso.
Anualmente, deve-se proceder à adubação do caquizal, a fim de serem restituídos ao solo, os elementos dele retirados através da colheita dos frutos, poda dos ramos e queda das folhas. No pomar em formação aplicar em cada planta, anualmente, 10-15 kg de esterco de curral, 40-60 g de N, P2O5 e K2O, por ano da idade. No pomar adulto, a partir do oitavo ano, cada planta deve receber, anualmente, 40 kg de esterco de curral, 300-500 g de N, 150-300 g de P2O5 e 180-360 g de K2O. Em ambos os casos, após a colheita, distribuir o esterco, o fósforo e o potássio, na área correspondente à projeção da copa e misturá-los com a terra da superfície. O escoramento de ramos é necessário no caso de plantas adultas, com grande produção, as quais, muitas vezes, têm seus galhos rompidos.
Instalado o pomar, o caquizeiro entra em frutificação a partir do terceiro ano e daí em diante a produção vai crescendo progressivamente, até por volta do décimo quinto ano, quando praticamente se estabiliza. De um modo geral, uma planta adulta, em culturas bem conduzidas, produz de 100 a 150 kg de frutos, por ano. A colheita dos frutos é feita quando eles perdem a coloração verde e adquirem a tonalidade amarelo-avermelhada, sendo a seguir transportados para galpões, onde são classificados e embalados.
Todos os caquis dos tipos taninoso e, os do tipo variável, quando sem sementes, apresentam polpa taninosa, mesmo quando maduros e, em razão disso, depois de colhidos, precisam sofrer o processo de destanização, para que seja eliminada a adstringência, bastante desagradável ao paladar. Para isso, são usadas as chamadas ’estufas’ ou câmaras de maturação, onde as substâncias mais empregadas para a destanização são: o acetileno produzido pela hidratação do carbeto de cálcio (carbureto comercial), o monóxido de carbono resultante da combustão de serragem, vapores de álcool e etileno.
A produção de caqui se destina, na sua quase totalidade, ao consumo como fruta fresca, no mercado interno, para onde é enviada em diversos tipos de embalagem. No Estado de São Paulo, as cotações do produto, no caso das variedades dos tipos taninoso e variável, oscilam durante a safra; de um modo geral, em fevereiro e começo de março, os preços são elevados, caindo bruscamente a partir da terceira semana de março, com a entrada de grandes quantidades no mercado, para depois reagir no fim da safra, em maio. No caso das variedades do tipo doce, a cotação permanece mais ou menos estável durante todo o período de safra.
Quanto à conservação, pesquisas evidenciaram a possibilidade de se poder estender a vida pós-colheita do caqui, pelo uso de frigorificação. O período de conservação depende do grau de maturação dos frutos, da variedade cultivada e das condições de temperatura e umidade relativa observadas na câmara frigorífica.
O caqui se presta para a industrialização, podendo ser usado tanto para preparo de passa, como para a elaboração de vinagre. A passa de caqui é um produto altamente nutritivo, de sabor bastante agradável, cujo consumo, em nosso país, se restringe aos membros da colônia japonesa, talvez devido ao fato de ser produzida em pequenas quantidades. Os frutos destinados à secagem devem ser colhidos ’de vez’, nem muito verdes nem muito maduros, e não precisam ser destanizados. A relação entre o peso dos frutos frescos e o de caqui-passa é de, aproximadamente, 5 para 1.
O caqui pode também ser usado para a produção de vinagre, proporcionando alto rendimento em mosto para fermentação, do qual resulta um produto de qualidade muito boa. A grande vantagem do processo é que ele permite o aproveitamento dos frutos que normalmente são descartados, permitindo a obtenção de 60 litros de vinagre com elevada graduação acética, a partir de 100 kg de caquis maduros.
O caquizeiro é uma planta de origem asiática, mais especificamente da China, mas é muito cultivado no Japão, país que apresenta um grande mercado consumidor para esta fruta. Devido à sua origem, a planta adapta-se melhor ao clima subtropical e ao temperado, por esta razão, seu cultivo, no Brasil, acontece nos estados da região Sul, estado de São Paulo e regiões montanhosas de Minas Gerais, apesar de serem cultivados em muitas outras partes do País. Esta cultura foi introduzida no Brasil no final do século XIX, por imigrantes japoneses.
Existem muitas variedades de caqui, algumas trazidas diretamente do Japão e muitas outras desenvolvidas aqui mesmo, visando melhor adaptação às nossas condições climáticas e, também, uma melhor qualidade dos frutos obtidos. Algumas variedades não têm sementes e, quanto ao sabor, existem as doces e as chamadas “azedas” ou que “travam a boca”.
Os tipos de solos mais indicados para o plantio dos caquizeiros são os profundos, bem drenados e com bastante matéria orgânica. A temperatura média mais apropriada para a maioria das variedades fica em torno de 15 a 17ºC, apesar do cultivo também ser possível em regiões com temperaturas médias mais elevadas. Um importante cuidado que devemos tomar é a proteção contra ventos fortes, principalmente na fase de frutificação.
Esta árvore pode chegar até 12m de altura em alguns casos e o seu plantio deve obedecer a um espaçamento de 7 x 7m, para as variedades maiores, e 5 x 5m para as variedades menores. Esta diferença de espaçamento é feita de acordo com o tamanho da copa das árvores. Durante a fase de formação, devemos fazer uma poda, deixando apenas 3 ou 4 galhos, bem distribuídos. Devemos, também, realizar uma poda no segundo ano, eliminando cerca de metade dos ramos. Nos anos posteriores, devemos eliminar uma quantidade cada vez menor de ramos até que, na fase adulta, são feitas apenas podas de limpeza e frutificação, nas quais cortamos a ponta dos ramos novos, facilitando a sua multiplicação.
Devemos manter o terreno limpo, realizando capinas e evitando as plantas invasoras. Podemos, também, proteger o solo com uma camada de cobertura morta. A frutificação do caquizeiro começa após o terceiro ano. Normalmente, a época de amadurecimento e colheita acontece entre fevereiro e abril. Nesta ocasião são colhidos, em média, 110kg por árvore.
O caqui é uma fruta saborosa, que atende a diversos tipos de paladares, de acordo com a variedade consumida. É pouco calórica (cerca de 80calorias por 100gr) e apresenta em sua composição cálcio, ferro, proteínas e as vitaminas A, B1, B2 e C.
Os caquizeiros são árvores bastante resistentes às doenças e pragas. A resistência à esses problemas também depende da variedade cultivada. A pior doença a atacar os caquizeiros é a mancha-das-folhas (cercosposiose). Além desta, também podem atacar esta planta a antracnose, a podridão-das-raízes e o mofo-cinzento.
Fonte: www.todafruta.com.br
As variedades de caqui são as frutas de polpa amarela e com tanino, sem sementes, e as frutas com polpas achocolatadas e doces, sem tanino e com sementes. São os conhecidos caquis "chocolate".
Propriedades: O caqui possui qualidades calmantes, febrífugas, antieméticas e laxativas. Seu uso é conveniente para os que sifrem de desnutrição, tuberculose, anemia, descalcificação, enfermidades das vias respiratórias, catarros da bexiga, transtornos intestinais, afecções do estômago e gastrite infantil. Essa fruta pode causar nódoas nas roupas. Para eliminar essas manchas, lave a peça de roupa em água corrente e abundante, esfregando bem o lugar manchado.
Fonte: educar.sc.usp.br
Caqui ou dióspiro é o fruto do caquizeiro (Diospyros kaki, L.f.), uma árvore da família Ebenaceae. De variedade vermelha, quando maduro é muito doce e mole, precisa de muito cuidado no transporte para não amassar e na variedade conhecida como caqui chocolate é de cor alaranjada e no interior tem riscas cor de chocolate, é mais duro e resistente, e não é tão doce quanto o vermelho.
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Ericales
Família: Ebenaceae
Género: Diospyros
Espécie: D. kaki
Nomenclatura binomial
Diospyros kaki
L.f.
Fonte: pt.wikipedia.org
Fruta de sabor doce e agradável, contém vitamina A, B1 e B2, além de quantidade considerável de fibras que regulam as funções intestinais.
A vitamina A é indispensável à vista, conserva a saúde da pele, evita infecções, auxilia o crescimento e faz parte da formação do esmalte dos dentes. A vitamina B1 tonifica o músculo cardíaco e ajuda a regular o sistema nervoso e o aparelho digestivo. A vitamina B2 é essencial ao crescimento, evitando ainda a queda de cabelos.
É muito recomendada contra afecções do fígado, problemas intestinais, catarros da bexiga e as enfermidades das vias respiratórias. As pessoas que sofrem do estômago e que apresentam manifestações de acidez, dores ou cãimbras, melhoram contendo 2 ou 3 caquis por dia.
Na hora da compra, deve-se dar preferência a caquis sem rachaduras, firmes e de cor uniforme. Devem ser guardados em geladeira ou lugar fresco onde se conservam por até 5 dias. Mas o caqui só deve ser lavado na hora de ser consumido. Caso contrário, azeda-se facilmente.
O caqui-chocolate é mais resistente e se apresenta na cor alaranjada. Para que não perca suas qualidades nutritivas, essa fruta deve ser consumida sempre ao natural.
Seu período de safra vai de fevereiro a abril.
Cem gramas de caqui fornecem 78 calorias.
Fonte: www.vitaminasecia.hpg.ig.com.br